CURA 2 - Ectoplasma

ECTOPLASMA

A grosso modo, visando apenas uma apresentação didática, ectoplasma é uma substancia semi material, capaz de interagir entre os dois mundos, o material e espiritual. É um fluido universal, o chamado prana. Encontra-se por toda parte, por toda a natureza, como uma nuvem, geralmente não visível aos encarnados, a não ser que sejam clarividentes (mediunidade diferente da vidência simples), isto é, capazes de verem auras, chakras, etc. Visível para muitas entidades astrais.

Para ilustrar, podemos pensar no seguinte: se todos víssemos um determinado espírito e tentássemos tocá-lo, nossa mão o atravessaria, do mesmo modo que se ele quisesse nos tocar, sua mão nos atravessaria também.

Estamos, teoricamente, em dimensões incompatíveis. Ora, sabemos que muitos espíritos conseguem promover fenômenos de efeitos físicos, interagindo com o mundo de três dimensões no qual vivemos, enquanto encarnados. Como podem fazê-lo se não são seres da 3ª dimensão? Se o ectoplasma fosse um barro e nele enfiássemos nosso braço, sairíamos “vestidos” com uma luva de barro. Da mesma forma, se uma entidade enfia seu braço, por assim dizer, nesse fluido chamado ectoplasma, sairá vestido com uma luva de ectoplasma.

E desta maneira pode impressionar nossa 3ª dimensão, promovendo aqueles fenômenos conhecidos como “poltergeist”, onde são capazes de abrir portas, derrubar objetos, promover barulhos, ligar interruptores, causar combustão, etc.

No entanto, o maior problema é o fato do ectoplasma estar concentrado na natureza, especialmente, nos alimentos, o que faz com que estejamos sempre o ingerindo juntamente com nossa alimentação. Apesar dele nos ser vital, na medida, no entanto, que ele não pertence ao nosso mundo, não temos como absorve-lo, assimilá-lo ou metaboliza-lo, devendo o excesso do mesmo retornar à natureza.

E de fato isso acontece, pois ele sai por todos os orifícios do corpo, pela pele através do suor, pela boca enquanto falamos, pelo nariz quando respiramos e pelos ouvidos.

Mas muitos de nós, que viemos com o compromisso cármico da mediunidade de cura, fazemos essa troca com a natureza mais devagar, para que sempre possa sobrar algum para ser doado num trabalho de cura. Ele então se acumula em torno do chakra umbilical, a espera da doação.

O ectoplasma só passa a ter seus efeitos curativos, como, por exemplo, ser antiinfeccioso, anti-hemorrágico, antiinflamatório, cicatrizante, etc, a partir do momento que ele é “usinado”, por assim dizer, pelo homem. O ectoplasma estacionado na natureza, não serve para esta cura.

Entretanto, muitas pessoas desconhecem serem portadoras desse tipo de mediunidade e como não participam de nenhum tipo de trabalho de cura, acabam acumulando enormes quantidades de ectoplasma na região do abdômen.

Esse acúmulo, por si só, promove vários sintomas físicos, como, por exemplo: distensão abdominal repentina (barriga estufada, como se tivesse engordado de um dia para o outro), dores abdominais, cólicas, queimação no estômago, azias, gazes, constipação intestinal ou diarréias sem razão aparente, problemas de pele, alergias, etc.

Como infelizmente ainda trazemos arrastados em nossos compromissos cármicos nossos desafetos do passado, existem duas simples maneiras deles nos perturbarem: ou eles manipulam nosso ectoplasma (por que ficariam simplesmente a manipular o ectoplasma que está na natureza, fazendo barulhos e outras coisas, se podem muito bem manipular o ectoplasma que está em nós?), ou eles nos dão intuições negativas, ou, mais comumente, as duas coisas.

Imaginemos como se fosse um pequeno caldeirão no nosso abdômen, cheio de ectoplasma sob alta pressão e só com um pequeno “tubo” para subir em direção à boca. Nosso desafeto empurra-o para cima, com violência, o que pode causar, na medida em que vai subindo: náusea, ânsia, angústia e aperto no peito, sensação de ar curto, batedeiras no coração, impressão de bola na garganta, pigarro, sinais de sinusite, rinite, labirintite (sensação de  tontura quando o ectoplasma atinge o nosso órgão de equilíbrio que é o labirinto, dentro de nossos ouvidos), dores de cabeça, enxaquecas, entre outros muitos sintomas.

Já existem mais de 100 sintomas conhecidos relacionados ao ectoplasma. Também se acumula nas articulações, no líquido sinovial, causando inflamações e dores, artrites, artroses, tendinites, etc. Ainda se detém em nossas cicatrizes cármicas invisíveis, impressas em nosso “perispíritos”, aquelas que trazemos de nosso passado, e que geralmente nos causam dores inexplicáveis.

Esses médiuns, em sua ignorância, vão de médico em médico, de exame em exame, sem nada encontrar. Precisam aprender, não só a doar ectoplasma (com técnicas respiratórias ou em trabalhos de cura), como também a não entrar na faixa vibratória desses inimigos do passado, pois de nada adianta doar hoje e entrar na sintonia do desafeto amanhã, pois a pessoa sempre vai estar acumulando ectoplasma, na medida que não pode simplesmente parar de comer.

O ser humano vibra normalmente em ondas curtas, quando está equilibrado. Da mesma forma que nossos protetores e amigos espirituais. Nossos desafetos, as chamadas “presenças”, vibram em ondas médias.

Funcionamos como um rádio comum sintonizado numa estação qualquer. Se giramos o “dial” do rádio apenas um pouquinho, imediatamente “desintonizamos” da estação. Se giramos um pouco mais, dá na mesma coisa.

Tanto faz.

Com nossa vibração é a mesma coisa. Nosso “dial” é a nossa irritação, o que quer dizer que se nos irritamos um pouquinho, ou um “poucão”, saímos da mesma forma da vibração correta, de ondas curtas, e mergulhamos, imediatamente, em ondas médias, onde nossos desafetos estão a nos “esperar”.

Quer dizer, não são eles que nos acham e sim nós quem vamos ao encontro deles a toda hora, com nossas pequenas e grandes irritações. E uma vez nessa sintonia, levamos dias, muitas vezes, para subir nossa vibração novamente para ondas curtas, o que significa que, ao mesmo tempo em que lutamos para nos libertar dos desafetos, freqüentemente nos irritamos com qualquer outra coisa e caímos novamente, muito antes de nos libertarmos da caída anterior.

Somos ranzinzas, reclamões e mal humorados. Depois não sabemos porquê sofremos. A maioria das pessoas parece achar que ter razão em alguma coisa é um motivo lícito para se irritar! Só serve mesmo para cair na faixa vibratória de ondas médias (mesmo porque, para nossos desafetos, que a habitam, não faz a menor diferença se lá caímos com ou sem razão, isto é, se tínhamos ou não motivos aparentes para nos irritarmos).

E assim vivemos sempre, mais ou menos mal acompanhados e reclamando que nossas vidas não vão pra frente como gostaríamos (pois estas “presenças” dão sempre intuições negativas que vão interferir em nossas decisões), além de estarmos sempre cercados de dores e de outras sensações de mal estar injustificadas (pelo acúmulo e manipulação de nosso ectoplasma).

Falaremos da técnica de doação de ectoplasma adiante.

Principais sintomas de acúmulo e manipulação do ectoplasma

SINTOMAS GERAIS

muito sono

enxaqueca

"baba" no travesseiro

dor de cabeça

sensação de peso na cabeça

tontura

freqüente lacrimejamento

bocejo

hipoglicemia

acordar cansado

cansaço crônico

alergia (principalmente de pele)

psoríase

suor excessivo

dor e inchaço nas articulações

dor nos "ossos"

dor nos joelhos

suor nas palmas das mãos

mãos inchadas

sensação de calor nas pernas

vontade de comer doces vontade de comer pães, bolachas, macarrão 

sente-se mal em locais onde há pessoas doentes 

ocorrência de efeitos físicos (poltergeist)

SISTEMA DIGESTIVO  

gases

flatulência

barriga inchada

queimação no intestino 

cólica

queimação no esôfago 

dor de estomago

soluço

vômito após refeição

sensação de abdômen pesado

enjôo

ânsia

arroto

suor excessivo

ânsia sinusite

de vômito ao escovar os dentes

SISTEMA RESPIRATÓRIO

sinusite

ronco

acordar sufocado

coriza

rinite

bronquite

asma

falta de ar de modo geral

necessidade de respirar profundamente

sensação de ar curto

dor nas pernas

sensação de aperto ou dor no peito (angústia)

sensação de bola na garanta

rouquidão ou afonia

pigarro crônico

inflamação freqüente de garganta

gripe ou resfriado freqüente

APARELHO AUDITIVO

coceira ou zumbido nos ouvidos

sensação de ouvido tapado

sensação de que escorre algo dos ouvidos

diminuição temporária da audição

inflamação freqüente do ouvido

freqüente do ouvido

Técnica respiratória de doação de ectoplasma

Só pode ser feita em lugares protegidos, como o terreiro (nunca na residência dos consulentes ou mesmo dos médiuns da casa), pois o ectoplasma pode ser interceptado  pelos irmãozinhos da mão esquerda e despejados de volta em cima do doador, com efeitos terríveis, ou então, ser usado para outras finalidades maléficas.

A pessoas, em  estado de prece, e em ambiente com luz reduzida, pois o ectoplasma se desagrega frente à luz (o que faz com que todos os trabalhos de cura sejam feitos com pouca iluminação) inspira profundamente pelo nariz e expira, também profundamente, até o último ar sair, pela boca. O exercício pode durar de 10 a 15 minutos. Causa geralmente uma grande saída de ectoplasma, que é observada com sons, bocejos, coriza, lacrimejação e eventuais eructações.

TRABALHO DE CURA

O trabalho de cura é feito com os médiuns se dividindo em funções de magnetizadores (doadores), passistas, atendentes de consultas, atendentes de triagens e encaminhamento. Como ele é feito em conjunto com o atendimento fitoterápico, outros médiuns se encarregam do laboratório e das funções de ligação e orientação aos consulentes.

Organização do atendimento:

1 - os consulentes são recebidos e triados. Daí:

2 - podem ser encaminhados para a consulta de cura e fitoterapia.

3 - dela são encaminhados para os passes e a magnetização adequada.

4 - suas fichas vão para o laboratório enquanto são atendidos.

5 - na saída recebem os fitoterápicos e as orientações.

6 - ou podem ser encaminhados apenas para a doação do consulente/doador (ver adiante), segundo a orientação que vier dos cambonos (cada consulente trás um encaminhamento quando entra para os passes).

Os consulentes são consultados, tratados, recebem fitoterápicos e são orientados a voltarem para os trabalhos de caridade para o seguimento e

avaliação de seus tratamentos, assim como de suas modificações intimas (lembrando que a proposta da casa é não tornar as pessoas dependentes das entidades e sim uni-las aos seus próprios protetores).

É preciso lembrar que pela constituição brasileira, para o trabalho da fitoterapia é preciso sempre a presença de um médico e do respaldo de um farmacêutico formado, para se responsabilizar pelos fitoterápicos. No caso de não haver no grupo de trabalhadores nenhum desses profissionais, poderá ser convidado um voluntário de fora da casa.

Consulentes-doadores

Há a possibilidade de que os próprios consulentes doem ectoplasma, dependendo de seus sintomas refletirem, ou não, apenas o acúmulo do mesmo, através da técnica simples da respiração; são encaminhados pelas entidades manifestadas nas caridades de caboclos e pretos velhos para essa doação durante os trabalhos de cura.

O encaminhamento sempre se dá dessa forma, pois se não são consultados pelas entidades e orientados que seus sintomas refletem o acúmulo e a manipulação do ectoplasma por seus desafetos espirituais e ainda sobre a necessidade de se modificarem internamente (uma vez que suas irritações é que permitem esse tipo de manipulação), ficarão eternamente solicitando o atendimento na cura, sem qualquer resultado efetivo. O médium que está atendendo poderá solicitar que um cambono dê essas explicações ao consulente.

Esses consulentes doadores são dispostos em um ou mais círculos de 10 pessoas, sendo orientados sobre a técnica da respiração. No centro de círculo são disponibilizados lenços de papel (porque a produção de ectoplasma causa geralmente a produção de secreções) e água (para ser  ingerida no final em pequenos goles, para “assentar” o ectoplasma remanescente).

O ectoplasma é inicialmente filtrado “automaticamente” e aquele com vibrações negativas é descartado, para a seguir ser recolhido aquele de boa qualidade, sendo armazenado pelos espíritos em grandes recipientes e levado para a espiritualidade, onde será utilizado pelas equipes espirituais que atuam nos hospitais espirituais e, principalmente, nos da matéria. Todo esse trabalho é feito pelas entidades ligadas, geralmente, aos grupamentos do oriente.

A doação não faz do consulente um médium da casa e sim, faz apenas parte de seu tratamento. Vai se “aliviando” aos poucos de seus sintomas físicos enquanto faz sua reforma interior e é evangelizado. A doação pode se feita numa parte reservada da platéia (nas últimas filas, por exemplo, em grupos de 10 ou 20 pessoas), por 10 ou 15 minutos cada grupo. Basta um médium da casa para esse atendimento de orientação e coordenação.

Ao final da doação esses consulentes doadores são atendidos pela fitoterapia. É dada ênfase pelo médium que o atendeu no trabalho de umbanda regular, assim como no dia do trabalho de cura, à problemática emocional, que está colaborando para que sua vibração permaneça sempre baixa, em ondas médias, possibilitando a aproximação das “presenças” que manipulam o ectoplasma.

Uma parte do ectoplasma doado desta forma é recolhido pela espiritualidade e, eventualmente, usado nos trabalhos de cura da casa mesmo.

Observação importante

Lembramos novamente que o encaminhamento dos consulentes para o  trabalho de cura deve ser feito pelas entidades manifestadas na casa (o limite de encaminhamentos será observado com o tempo; os cambonos farão esse controle), para atendimento mensal.

No entanto, só devem ser encaminhados para o trabalho de cura os consulentes que estejam realmente doentes.

Acúmulo de ectoplasma não é doença!

As pessoas com acúmulo serão encaminhadas à doação. Se desejar poderá também receber fitoterápicos (especialmente para o lado emocional). EXPLICAÇÃO 

SOBRE AS DOENÇAS

No início do trabalho de cura é lida uma explicação para os consulentes  sobre o que é a doença e o adoecer, visando não só o esclarecimento (o que é uma proposta permanente da umbanda esotérica –  aumbandhã), como também conscientizar as pessoas sobre a necessidade de abandonar o padrão de vítima, no qual geralmente todos nos posicionamos quando nos sentimos doentes (e muitas vezes de forma ampla na vida).

Também é lida uma prece de cura, visando harmonizar o ambiente e acalmar os consulentes. A prece e o texto explicativo sobre doenças são de Ramatís, retiradas da obra “Fisiologia da Alma”.

As doenças

“A saúde e a enfermidade são o produto da harmonização ou desarmonização do indivíduo para com as leis espirituais, que do mundo oculto atuam sobre o plano físico; as moléstias, portanto, em sua manifestação orgânica, identificam que no mundo psíquico e invisível aos sentidos da carne, a alma está enferma!

O volume de cólera, inveja, cobiça, ciúme, ódio, mágoa, autopiedade e ato-punição, que por ventura o espírito tenha imprudentemente acumulado no presente ou nas existências físicas anteriores forma uma carga tóxica que, em obediência à Lei de Harmonia Espiritual, deve se expurgada da delicada intimidade do perispírito através da enfermidade.

Tudo depende do modo como interpretamos o fenômeno da doença; para uns é o castigo de Deus com o propósito de punir os pecados dos homens; para outros é o efeito das faltas cometidas em vidas anteriores; raros, porém, aceitam a doença como o processo de evolução espiritual. A doença somente se manifesta para dar um sentido útil, benfeitor e harmônico à Vida.

E como dispomos do livre arbítrio até o ponto em que nossos atos não causem perturbações ao próximo, poderemos extinguir a dor ou a doença pouco a pouco, à medida que nos integramos na vida harmoniosa criada por Deus. Sendo o Amor o fundamento essencial de toda a vida, presente na afinidade de todas as substâncias, na união entre os astros e entre os seres, é suficiente a nossa união incondicional ao ritmo constante desse Amor para que em breve a saúde completa de nosso espírito tenha eliminado o sofrimento.”

Preces de cura

1ª

PAI,

Pedimos para sermos banhados e iluminados com a Luz branca de Cristo, a Luz verde da cura e a Luz violeta da transmutação.

Pelo bem superior e dentro da verdade de Deus, pedimos que todas as vibrações dissonantes sejam removidas de nós, encerradas dentro da sua própria luz e lavadas à Fonte para serem purificadas, nunca mais retornando para nós nem para qualquer outro ser.

Pedimos por todas as pessoas que aqui estão e que sejamos rodeados pela luz e que a proteção do tríplice escudo da Luz branca do Cristo Universal nos envolva.

Neste momento, aceitamos essas forças de cura que atuam em nós,  aceitando apenas aquilo que está a serviço do Cristo Universal.

Queremos expressar nossa gratidão por todas as bênçãos que recebemos e, acima de tudo, pelo privilégio de saber que somos a manifestação do Divino.

Que assim seja!

2ª

Peço a Deus:

Que envie as suas Energias curadoras para curar todos aqueles que necessitam; para todos nós que estamos vivendo na Terra, assim como para aqueles que habitam outros planetas e outras dimensões.

Que todos os seres sejam envolvidos pela Energia de cor verde, Energia Divina da transmutação, transformando as doenças em saúde de seus corpos físicos, mentais, emocionais e espirituais.

Que todos os seres sejam envolvidos pela Energia de cor amarela, Energia divina da vitalização, gerando, em todos, a vontade de existir, de cumprir as missões reservadas para cada um, com vigor, determinação e alegria.

Que todos sejam envolvidos pela luz violeta, Energia divina da proteção, criando, ao redor de todos, uma camada magnética, evitando a chegada de males do campo físico ou espiritual.

Que todos os seres sejam envolvidos pela energia de cor rosa, Energia divina do amor incondicional, para que todos aprendam e pratiquem esse amor singular; assim, estarão se libertando de doenças e sofrimentos, pois, estes existem pela falta de se vivenciar o verdadeiro amor ensinado por Jesus.

Amém!!!

(Ao orar, pensando em alguém, deve-se imaginá-lo rodeado pelas energias com as cores descritas na oração e com os significados desejados).

Obs. Outras preces para cura espiritual podem, naturalmente, ser escolhidas.
  
in http://www.aumpram.org.br/curso/CursoFGCAula16.pdf